sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

15ª Conferência Nacional de Saúde: Regionalização da saúde é tema em debate em conferência

“Nós precisamos fazer um movimento de manter a descentralização do SUS com uma pactuação regional, em que a descentralização continue, mas que haja uma regionalização, distribuindo tarefas para que a cidade ‘A’ cumpra até determinado procedimento, a cidade ‘B’ faça além daqueles mais outros, e a cidade ‘C’ seja um polo regional onde será possível resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde dos usuários do SUS”.
Segundo Marcelo Castro, a regionalização da saúde é um ponto nevrálgico, sensível e importante da pactuação do SUS. “O SUS foi concebido de maneira descentralizada e hierarquizada, em que as ações são compartilhadas pelos três entes federados: a União, os estados e os municípios. Então, é imperiosa esta harmonia, esta sinergia entre os três entes federados”.
Metas e compromissos
Durante a mesa de abertura do evento, o ministro Marcelo Castro também falou sobre a ampliação da formação de novos médicos no Brasil, com meta traçada até 2017 de abertura de 11.500 novas vagas em cursos de Medicina e 12.400 novas vagas em residência médica.
Castro também lembrou que o Ministério da Saúde assumiu recentemente compromisso com a Organização Mundial de Saúde (OMS) de que o Brasil elimine a epidemia de Aids até 2030. Para chegar ao resultado deverão ser investidos R$ 1,6 bilhão.
“Somos responsáveis por fazer um SUS mais forte, mais universal, mais integral, mais igualitário, mais inclusivo”, afirmou o ministro. “E para isso é imperiosa a sinergia entre os três entes federados – União, Estados e municípios”, acrescentou.
A mesa de abertura da 15ª CNS teve também a participação do economista e pesquisador Márcio Porchmann, da Fundação Perseu Abramo – que em sua palestra chamou a atenção para os novos desafios do Brasil ante o envelhecimento da população, o aumento da expectativa de vida e as tecnologias que conectam todos por mais tempo ao trabalho, trazendo o surgimento de novas doenças -, e da Deputada Federal Jandira Feghali, que focou sua fala em democracia, direitos, igualdade de acesso e respeito às diferenças.
Ao longo desta quarta-feira os quase 5 mil participantes da 15ª CNS – usuários do SUS, gestores, prestadores de serviço, trabalhadores da Saúde, representantes da sociedade civil organizada –, se reúnem em seis diálogos temáticos e oito grupos de trabalho para debater as mais de mil propostas resultantes das etapas municipal e estadual de discussões, que começaram em abril e mobilizaram mais de um milhão de pessoas em todo o país. Plenárias e agenda cultural também integram a programação, que vai até sexta-feira (04).
Paridade - A 15ª Conferência Nacional de Saúde ocorre a cada quatro anos e é o maior evento do país na área da Saúde, coordenado pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Saúde. Uma das novidades este ano é a paridade de gênero na etapa nacional: as mulheres representam metade dos delegados escolhidos na fase estadual.
O Conselho Nacional de Saúde também estabeleceu para esta conferência a paridade de segmentos - 50% de usuários, 25% de trabalhadores e 25% de gestores/prestadores. O objetivo foi garantir, entre os delegados, a presença de mais mulheres, idosos, jovens, população negra, LGBT, indígena, comunidades tradicionais, representatividade rural e urbana, pessoas com deficiências, patologias e necessidades especiais.
Eixos temáticos - São oito os eixos temáticos que norteiam os debates: “Direito à saúde, garantia de acesso e atenção de qualidade”; “Participação e controle social”; “Valorização do trabalho e da educação em saúde”; “Financiamento do SUS e relacionamento público-privado”; “Gestão do SUS e modelos de atenção à saúde”; “Informação, educação e política de comunicação do SUS”, “Ciência, tecnologia e inovação no SUS” e “Reformas democráticas e populares do Estado”.
Avanços - Evento criado em 1937, as conferências nacionais de saúde têm desempenhado importante papel nos avanços alcançados pela saúde pública brasileira. As bases para a criação do SUS foram estabelecidas na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, e depois consolidadas na Constituição Federal de 1988. Importantes estratégias de saúde pública do país, como SAMU, Rede Cegonha e programa Saúde da Família tiveram suas sementes lançadas em conferências nacionais, que ocorrem a cada quatro anos. Este ano o tema é “Saúde pública para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”.

Fonte:  Ministério da Saúde

Nova Lei da Biodiversidade brasileira é tema de palestra

entenda-o-que-muda-com-a-nova-lei-de-biodiversidadeA nova legislação de acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado e repartição de benefícios foi tema de palestra na segunda-feira (30/11), no auditório do Museu da Vida, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Assessora da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR) da Fiocruz e ex-membro do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Manuela da Silva apresentou as principais novidades introduzidas pela chamada Nova Lei da Biodiversidade e suas consequências para a pesquisa científica brasileira, para as empresas de biotecnologia e para os detentores de conhecimento tradicional no país.
Publicada em 21 de maio de 2015, a Lei 13.123 entrou em vigor no dia 17 de novembro, mas a sua regulamentação só está prevista para março de 2016. Apesar de o decreto que regulamenta a lei ainda não estar pronto, a nova legislação é considerada um marco na área de pesquisa do país. A nova Lei da Biodiversidade substitui a Medida Provisória 2186/2001 e segue alinhada com os padrões internacionais, definidos pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), tratado das Organizações das Nações Unidas (ONU) de 1993.

De acordo com Manuela da Silva, a nova legislação servirá para desburocratizar e estimular a pesquisa científica no país.
“A burocratização das atividades de pesquisa, bioprospecção e desenvolvimento tecnológico da legislação anterior fez com que muitos pesquisadores deixassem de estudar e utilizar a biodiversidade brasileira. Consequentemente, deixamos de conhecer nossa biodiversidade para podermos conservá-la, fazer o uso sustentável dela e repartir seus benefícios, que são os três pilares da Convenção sobre Diversidade Biológica”, afirmou a assessora da VPPLR.
O novo marco legal estabelecido pela Lei 13.12/15 ratifica o Conselho de Gestão ao Patrimônio (CGen) como órgão responsável por coordenar a elaboração e a implementação de políticas para a gestão do acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado e da repartição de benefícios. Diferentemente da legislação anterior, a nova lei alcança todas as pesquisas, experimentais ou teóricas, realizadas com a biodiversidade brasileira, como, por exemplo, taxonomia, filogenia e epidemiologia. Outra novidade é o parágrafo que inclui os micro-organismos isolados no país como parte do patrimônio genético brasileiro.
Para facilitar o trabalho dos pesquisadores, a nova lei também prevê a implementação de sistemas eletrônicos e banco de dados para cadastro, notificação e autorização de acesso ou remessa de patrimônio genético. No caso de remessa para o exterior, o Termo de Transferência de Material (TTM) será gerado automaticamente pelo cadastro de remessa, com os dados obtidos do cadastro de acesso ao patrimônio genético e do próprio cadastro de remessa, atendendo também as exigências de transporte do Ibama
O sistema eletrônico será regulamentado pelo decreto preparado pelo governo. Atualmente, o processo de regulamentação da Lei 13.12/15 está sendo conduzido pela Casa Civil da Presidência da República. De acordo com a orientação do Ministério do Meio Ambiente, todos os procedimentos que dependem do novo cadastro devem aguardar o decreto.
“Recentemente, nós fomos informados que a minuta do decreto está sendo elaborada novamente, com a participação de vários setores do governo. O material será disponibilizado para consulta pública, provavelmente em fevereiro. A previsão de publicação é março”, disse Manuela, que orientou os pesquisadores a tirarem as suas dúvidas pelo email do Conselho de Gestão ao Patrimônio (CGen): cgen@mma.gov.br.
Fonte: César Guerra Chevrand/Ministério da Saúde

sábado, 21 de novembro de 2015

Ministério da Saúde divulga boletim epidemiológico

O Ministério da Saúde divulga nesta terça-feira (17) o primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia, cujo aumento do número de casos no país tem sido monitorado e investigado pela pasta. Até o momento, foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete estados da região Nordeste.
O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), primeiro estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).
A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.
Além deste apoio, nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde envia a todas as secretarias estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas informações serão constantemente atualizadas.
Ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos sete estados. Todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas pelo Ministério da Saúde e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento.
A Fiocruz, que participa das investigações, notificou nesta terça-feira (17) que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.
Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia. Tal esclarecimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério e outras instituições envolvidas na investigação das causas de microcefalia no país.
O Ministério da Saúde está tratando deste assunto com a prioridade e responsabilidade que o tema exige, dando transparência aos dados e às informações, com previsão de divulgação semanal do boletim epidemiológico da doença.
Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento. O fato já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.
Aos gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário online que, a partir desta quarta-feira (18), estará disponível a todas as secretarias de saúde.
Sobre as gestantes, é importante que elas mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.
É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

CASOS EM INVESTIGAÇÃO NOS SETE ESTADOS QUE TIVERAM AUMENTO INUSITADO DE MICROCEFALIA
ESTADO
N° DE CASOS/2015
PERNAMBUCO
268
SERGIPE
44
RIO GRANDE DO NORTE
39
PARAÍBA
21
CEARÁ
9
PIAUÍ
10
BAHIA
8

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS NOS ANOS ANTERIORES NOS SETE ESTADOS
UF
2010
2011
2012
2013
2014
Piauí
1
0
4
4
6
Ceará
8
4
9
5
7
Rio Grande do Norte
2
2
4
0
1
Paraíba
6
2
3
5
5
Pernambuco
7
5
9
10
12
Sergipe
3
1
2
0
2
Bahia
12
13
7
14
7

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS NOS ANOS ANTERIORES NO BRASIL
  2010
2011
2012
2013
2014
Brasil
153
139
175
167
147

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Novembro Azul: Prevenção à Saúde do Homem

Créditos: Texto e fotos: Daniel Rodrigues / Divulgação / PMC
A Prefeitura de Chapecó, por meio da Secretaria de Saúde, com apoio da sociedade civil organizada promove mais uma edição do Novembro Azul. Uma das entidades parceiras é a ADHI - Associação dos Diabéticos e Hipertensos de Chapecó-SC. Durante todo o mês serão intensificadas iniciativas e ações de alerta a comunidade em geral para a gravidade de doenças crônicas como Diabetes e Hipertensão, além do Câncer de Próstata que podem levar a morte de forma lenta e dolorosa se não tratadas adequadamente. 
De acordo com a Secretária de Saúde de Chapecó, Cleidenara Weirich, iniciativas deste porte representam a oportunidade de a rede municipal de Saúde se aproximar ainda mais da população com seus serviços. “Queremos oferecer maior resolutividade aos chapecoenses”, destaca.
O presidente da Associação dos Diabéticos e Hipertensos de Chapecó-ADHI, Edir Santo Damo, alerta que dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, o número de diabéticos no mundo chega a 240 milhões podendo chegar 380 milhões em 2025. O diabetes e suas consequências são responsáveis pela morte de uma pessoa a cada 10 segundos, seis pessoas por minuto, 360 por hora, 8.640 por dia.
Programação 
•  No dia 21 de novembro, a Secretaria de Saúde promove um mutirão nas 26 unidades de saúde, voltado aos homens. Na oportunidade a Clínica do Homem localizada junto ao CRESM, permanecerá com o Ambulatório Saúde o do Homem atendendo aos encaminhamentos das unidades. 
Haverá show com o humorista João Kuiudo nos dias:
03 de novembro, Bairro Belvedere, 10 de novembro, Bairro Santa Maria, 17 de novembro, Bairro Efapi, 24 de novembro, Bairro Bela Vista.
Hipertensão e diabetes: Prevenção deve começar bem cedo
A hipertensão e a diabetes são doenças inter-relacionadas que, se não tratadas, aumentam o risco de AVC e complicações nos membros inferiores. Enganam-se aqueles que acham que ambas as doenças só aparecem após os 35 anos. Especialistas garantem que quanto mais jovem for à pessoa melhor a prevenção, pois estas doenças são assintomáticas e podem aparecer em qualquer fase da vida. Sintomas como dores de cabeça, tonturas e dores no peito são os verdadeiros sinais de alerta para a hipertensão – mais conhecida como pressão alta, que está diretamente ligada à diabetes – doença causada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar a insulina, provocando o aumento da taxa de açúcar no sangue – e é muito mais comum até no próprio diabético no qual vai aumentando junto com a idade.
Como principais sintomas, a diabetes dá os primeiros sinais comuns como a sede intensa, urina em excesso, perda de peso repentina, cansaço e muitos outros. Nos homens a doença é muito mais fácil de aparecer, diferente das mulheres que apresentam os sintomas já aos 55 anos. Pessoas que levam uma vida sedentária, o que acaba ligando-se diretamente a obesidade, que abusam do cigarro e álcool em excesso e que têm carência de potássio, também estão mais propícias para o surgimento da doença. 
Dicas de prevenção:
 Diabetes
- Pratique atividades físicas regularmente, de 3 a 5 vezes por semana.
- Inclua em sua dieta habitual a maior quantidade possível de alimentos ricos em fibras, tais como verduras e frutas.
- Diminua a ingestão de gorduras (óleo, manteiga, creme etc) e carboidratos (massas e doces).
- Prefira alimentos grelhados e cozidos.
- Evite comer “fast food”, dê preferência aos alimentos de preparação mais “caseira”.
- Diminua a quantidade total de alimentos de cada refeição. Faça mais refeições ingerindo menos calorias de cada vez.
- Consuma leite e derivados (iogurte, queijos) desnatados ou light e prefira carnes magras. Assim, você previne o aumento do colesterol, além de controlar o peso.
- As leguminosas devem fazer parte do cardápio, pois contêm proteínas, ferro e fibras.
Hipertensão
- Mantenha o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares, como: não abusar do sal e utilizar outros temperos para ressaltar o sabor dos alimentos.
- Pratique atividades físicas.
- Abandone o fumo.
- Modere o consumo de álcool.
- Evite alimentos gordurosos.
- Controle a diabetes.
Fonte (dicas): Sociedade Brasileira de Diabetes

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Saúde do homem: prevenção é fundamental para uma vida saudável

shutterstock 165452144Cada vez mais pesquisas comprovam que a saúde, mais do que genética, é consequência das escolhas e hábitos de vida. Hábitos saudáveis e acompanhamento de saúde preventivo são o caminho para o envelhecimento com qualidade de vida. Porém os homens costumam dar menos atenção à saúde e realizam menos consultas médicas. 
Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostra que 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos. O estudo também revela que mais da metade desses pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado.

Os homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres. Entre as causas de morte prematura estão à violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares e infartos. Por isso o Ministério da Saúde implementou, em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Um dos principais objetivos é promover ações de saúde que contribuam para a compreensão da realidade singular masculina e propiciar um melhor acolhimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
Angelita Herrmann, coordenadora de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, ressalta a importância de conscientizar o sexo masculino da importância de se cuidar. “É preciso chamar atenção dos homens para o auto cuidado. Homem não é super herói, eles precisam quebrar o mito de serem fortes o tempo todo. Essa cultura do não se olhar é que faz com que os homens morram antes das mulheres”, disse.
A adoção de hábitos saudáveis, a prática de atividade física regular, a alimentação balanceada e o uso moderado de bebidas alcoólicas são cruciais para diminuir estes agravos evitáveis. A identificação precoce de doenças aumenta as chances de um tratamento eficaz. Por isso, alguns exames devem fazer parte da rotina dos homens. “É preciso prestar atenção no corpo e ficar atento aos sinais que ele envia. O cuidado deve ser diário. Mudanças de hábitos alimentares, com menos alimentos gordurosos e ultra processados são fundamentais. Evitar estes comportamentos de risco é a chave para uma vida mais longa e saudável”, disse a coordenadora.
Aferir a pressão com frequência e acompanhar as taxas de colesterol são importantes para evitar doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Outros testes importantes a serem realizados dizem respeito às doenças sexualmente transmissíveis como o teste de HIV, hepatite B (HBsAg) e do vírus da hepatite C (anti-HCV).
Os homens com mais de 50 anos e com sintomas de problemas na próstata, como dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, devem ir ao médico para investigar o problema. É possível que outras doenças, como uma infecção urinária esteja causando os sintomas. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.
Para aqueles com história familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos e assintomáticos, a recomendação também é consultar um médico, pois somente ele pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização dos exames. Não existem evidências de que a realização periódica do toque retal e dosagem de PSA em homens assintomáticos diminua a mortalidade por câncer de próstata e a recomendação é de que não se organizem programas de rastreamento para este tipo de câncer. Todos os procedimentos devem ser solicitados pelo profissional de saúde, respeitando os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Outros cuidados, como autoexame de testículos e pênis, são importantes.
Vale lembrar que o câncer de próstata é considerado de terceira idade, já que ¾ dos casos acontecem a partir dos 65 anos e o risco pode ser maior em quem tem histórico familiar da doença. Ainda não existem exames adequados para o rastreamento do câncer de próstata e a melhor alternativa hoje é manter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar regularmente seu médico.
Alguns sintomas podem mostrar alterações do sistema reprodutor, principalmente na próstata. São eles:
• Dificuldade para urinar
• Necessidade de urinar mais vezes (principalmente à noite)
• Urgência para urinar
• Dificuldade para iniciar ou parar o fluxo urinário
• Jato urinário fraco, reduzido ou interrompido
• Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

Estudo liga bebidas adoçadas a maior risco de insuficiência cardíaca


Guaraná é item frequente na mesa dos manauaras (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)



Homens que bebem dois ou mais copos de refrigerante ou outras bebidas adoçadas por dia podem ter um maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca, sugere um estudo sueco, feito sem separar os dados de açúcar e adoçantes artificiais.
Pesquisas anteriores já haviam ligado o alto consumo de bebidas adoçadas com vários fatores de risco para insuficiência cardíaca, incluindo pressão alta, açúcar elevado no sangue, ganho de peso, diabetes e obesidade, disse a pesquisadora que liderou o estudo, Susanna Larsson, do Instituto Karolinska, em Estocolmo.
Para confirmar a relação entre insuficiência cardíaca e bebidas adoçadas, Larsson e colegas acompanharam um grupo de cerca de 42.000 homens por uma média de quase 12 anos. Para avaliar os hábitos de consumo, erguntaram aos homens quantos refrigerantes ou sucos adoçados beberam por dia ou por semana.
Durante o curso do estudo, houve cerca de 3600 novos casos de insuficiência cardíaca.
Homens que tiveram mais de duas bebidas adoçadas por dia tinham um 23% maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca durante o estudo do que os homens que não consomem essas bebidas.
O estudo não pode provar que bebidas adoçadas causam insuficiência cardíaca. Ainda assim, disse Larsen por e-mail à Reuters, "a mensagem é que as pessoas que bebem regularmente bebidas açucaradas devem considerar a redução de seu consumo."
 
 Mulheres

Mesmo que o estudo tenha sido feito em homens, as mulheres também devem ser cuidadosas com o consumo de bebidas açucaradas, Larsson acrescentou: "Consumo de bebida adoçada tem sido associada com aumento da  pressão sanguínea, maior concentração de insulina, ganho de peso, obesidade e diabetes do tipo 2 também em mulheres," observou Larsson.
Mais de 23 milhões de pessoas no mundo têm insuficiência cardíaca, doença que ocorre quando o coração não é forte o suficiente para bombear o sangue e o oxigênio necessários para o bom funcionamento do corpo. A prevalência da doença está aumentando pelo menos em parte ao consumo de refrigerantes e outras bebidas açucaradas, segundo Larsson.
No estudo, cerca de metade dos homens negaram beber refrigerantes ou sucos adoçados, enquanto pouco mais de um em cada seis disseram que consumiam menos de meio copo por dia. Apenas cerca de um em cada sete homens admitiu ter o hábito de tomar refrigerante duas vezes ao dia.
Homens que bebiam mais refrigerantes e bebidas açucaradas eram menos propensos a ter formação universitária, eram um pouco mais propensos a beber pelo menos três xícaras de café por dia, e geralmente consumiam menos porções de legumes.
Uma deficiência do estudo é a sua dependência das pessoas envolvidas para recordar com precisão e relatar seus hábitos de consumo, os autores reconhecem. Os pesquisadores também não dispunham de dados para distinguir entre o açúcar e adoçantes artificiais.
Também é possível que outros fatores não mensurados no estudo, como a atividade física ou hábitos alimentares, podem ter influenciado se os homens desenvolveram insuficiência cardíaca, escreveu Miguel Martinez-Gonzalez e Miguel Ruiz-Canela, da Universidade de Navarra, na Espanha, em um editorial que acompanha a pesquisa.
Mesmo assim, os resultados se somam a um crescente corpo de evidências que ligam refrigerantes e outras bebidas adoçadas a doenças cardíacas, escreveram os autores.
"Bebidas adoçadas levarm ao ganho de peso e obesidade, e isso leva a diabetes e insuficiência cardíaca", Martinez-Gonzalez disse à Reuters por e-mail. "A mensagem é: beba água em vez de bebidas açucaradas."

Fonte: G1

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ministério da Saúde cria grupo de trabalho para apoiar estudo da fosfoetanolamina

“Estamos colocando à disposição do professor responsável pela síntese dessa molécula a possibilidade de submeter à fosfoetanolamina a todos os protocolos para verificar se a substância é ou não eficaz e por fim a essa celeuma. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso dessa substância até que os estudos sejam concluídos”, orienta o ministro da Saúde.
O grupo contará com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para orientar os pesquisadores na elaboração dos protocolos clínicos e documentações necessária e deverá contar com o apoio do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para a realização de estudos clínicos e também da Fiocruz. Para isso será elaborado um plano de trabalho que prevê desde a caracterização da molécula, passando pelo desenvolvimento da formulação, produção de lotes de medicamentos experimentais seguindo as Boas Práticas de Fabricação (BPF) da Anvisa e realização de estudos pré-clínicos, ensaios clínicos e estudos de farmacovigilância.
“A grande preocupação do Ministério da Saúde é que as pessoas deixem de realizar o tratamento adequado e que tem sua eficácia comprovado e passem a usar um medicamento que não tem cientificamente uma comprovação de benefícios e efetividade comprovada”, alertou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
De acordo com a portaria, o grupo de trabalho será composto por representantes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A coordenação da iniciativa será de responsabilidade de um representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
A previsão é de que o grupo tenha um prazo máximo de 60 dias para apresentar o plano de trabalho das fases de desenvolvimento do projeto. Os nomes dos integrantes do grupo devem ser indicados nos próximos dias.

Fonte: Ministério de Saúde

terça-feira, 13 de outubro de 2015

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Momento Sáude com Sandro José

Se você tem uma sugestão de pauta; seja um tema a ser trabalhado em nosso programa, uma matéria para divulgação, sugestão para cobertura de eventos ... Entre em contato conosco através do e-mail: sandrojoserisso@gmail.com ou WhatsApp 91336491.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Garoto sobrevive após acidente em que crânio foi separado de coluna

Para médicos e pais, recuperação foi milagre; trombada violenta foi provocada por carro com estudantes que faziam 'cavalo de pau' na beira de rodovia.



 Mãe criou petição online para endurecer punição contra motoristas irresponsáveis, como os que causaram o acidente com sua família  (Foto: 7news) 
Mãe criou petição online para endurecer punição contra motoristas irresponsáveis, como os que causaram o acidente com sua família (Foto: 7news)

Não foram apenas o pai e a mãe do menino Jackson Taylor que usaram o termo "milagre" para descrever a recuperação do filho após um grave acidente de carro.
O próprio médico que operou o garoto australiano de apenas 1 ano e quatro meses afirmou que, diante da gravidade do caso, o sucesso da cirurgia era um "verdadeiro milagre".
No dia 15 de setembro, o garoto estava no carro com sua mãe e sua irmã de 9 anos em uma rodovia em Nova Gales do Sul, na Austrália, quando eles se chocaram contra outro veículo a 110 quilômetros por hora.
O impacto da batida foi tão forte que Jackson quebrou duas vértebras do pescoço e a clavícula - seu crânio foi separado de sua coluna vertebral, no que é conhecido como deslocamento atlanto-occipital ou decapitação interna.
Em uma cirurgia que durou mais de seis horas, os médicos usaram um microfio e uma parte da costela de Jackson para conectar novamente as vértebras.
"Para começar, muitas crianças não sobreviveriam a esse tipo de lesão. E se sobrevivessem e fossem ressuscitadas, então, talvez não conseguissem respirar e ou se mover novamente", disse o cirurgião Geoff Askin, que afirmou ter sido a pior lesão desse tipo que ele já havia visto. "Então, conseguir salvar a medula e sobreviver... foi um verdadeiro milagre."
O garoto agora terá de usar, por dois meses, uma órtese para manter seu corpo estável. Mas depois disso, ele deverá ter uma vida normal.
A irmã de Jackson também teve fratura de vértebras. Ela também foi operada e passa bem.
Cavalo de pau
Rylea Taylor, a mãe de Jackson, conta que quando seu carro se aproximou da curva, uma nuvem de poeira cobriu a rodovia - causada pelo carro, dirigido por garotos que treinavam "cavalo de pau" na beira da estrada.
"Eles soltaram o breque e foram direto para a estrada. Eu brequei. Mas a batida foi tão forte que todos os airbags foram ativados."
"Minha filha estava inconsciente, meu filho de 16 meses estava gritando. Os dois estavam com o rosto sangrando. Quando eu tirei Jackson do carro, soube na hora que seu pescoço estava quebrado", disse.
"Enquanto eu chutava a porta do carro para conseguir abri-la, eu fiquei frente a frente com esses três garotos irresponsáveis, de uniforme escolar, que quebraram minha família."
No hospital, ela teve outro encontro com os garotos. "Quando eu os vi, eles estavam olhando para baixo. Eu gritei com eles para que eles olhassem para meus filhos, para ver o que eles tinham feito. Mas eles não se importaram. Eles nem olharam."
Revolta
Inconformada com a situação dos garotos que provocaram o acidente, Rylea lançou uma petição online no site Change.org pedindo punições mais duras para motoristas irresponsáveis.
Ela conta que, de acordo com a polícia australiana, os garotos devem receber uma suspensão da carteira e uma multa.
"Três garotos decidiram dar cavalo de pau e cantar pneus perto de uma curva em um rodovia, às 11 horas da manhã. A estupidez dessas pessoas custou à minha família mais do que você pode imaginar", disse ela, na petição.
"Eu espero que meus filhos possam fazer esportes, possam pular numa cama elástica, brincar, correr e serem crianças. Eles agora vão passar por sessões de reabilitação e fisioterapia, terão cicatrizes e uma vida diferente do que eu imaginei para eles.
É triste saber que não há nada que você possa fazer para controlar os outros. Mas se alguém destrói a vida de outra pessoa, ele não merece apenas um tapinha na mão e uma segunda chance. É preciso tirar sua carteira de motorista e puni-lo de acordo."

Fonte: G1