sábado, 21 de novembro de 2015

Ministério da Saúde divulga boletim epidemiológico

O Ministério da Saúde divulga nesta terça-feira (17) o primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia, cujo aumento do número de casos no país tem sido monitorado e investigado pela pasta. Até o momento, foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete estados da região Nordeste.
O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), primeiro estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).
A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.
Além deste apoio, nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde envia a todas as secretarias estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas informações serão constantemente atualizadas.
Ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos sete estados. Todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas pelo Ministério da Saúde e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento.
A Fiocruz, que participa das investigações, notificou nesta terça-feira (17) que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.
Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia. Tal esclarecimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério e outras instituições envolvidas na investigação das causas de microcefalia no país.
O Ministério da Saúde está tratando deste assunto com a prioridade e responsabilidade que o tema exige, dando transparência aos dados e às informações, com previsão de divulgação semanal do boletim epidemiológico da doença.
Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento. O fato já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.
Aos gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário online que, a partir desta quarta-feira (18), estará disponível a todas as secretarias de saúde.
Sobre as gestantes, é importante que elas mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.
É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

CASOS EM INVESTIGAÇÃO NOS SETE ESTADOS QUE TIVERAM AUMENTO INUSITADO DE MICROCEFALIA
ESTADO
N° DE CASOS/2015
PERNAMBUCO
268
SERGIPE
44
RIO GRANDE DO NORTE
39
PARAÍBA
21
CEARÁ
9
PIAUÍ
10
BAHIA
8

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS NOS ANOS ANTERIORES NOS SETE ESTADOS
UF
2010
2011
2012
2013
2014
Piauí
1
0
4
4
6
Ceará
8
4
9
5
7
Rio Grande do Norte
2
2
4
0
1
Paraíba
6
2
3
5
5
Pernambuco
7
5
9
10
12
Sergipe
3
1
2
0
2
Bahia
12
13
7
14
7

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS NOS ANOS ANTERIORES NO BRASIL
  2010
2011
2012
2013
2014
Brasil
153
139
175
167
147

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Novembro Azul: Prevenção à Saúde do Homem

Créditos: Texto e fotos: Daniel Rodrigues / Divulgação / PMC
A Prefeitura de Chapecó, por meio da Secretaria de Saúde, com apoio da sociedade civil organizada promove mais uma edição do Novembro Azul. Uma das entidades parceiras é a ADHI - Associação dos Diabéticos e Hipertensos de Chapecó-SC. Durante todo o mês serão intensificadas iniciativas e ações de alerta a comunidade em geral para a gravidade de doenças crônicas como Diabetes e Hipertensão, além do Câncer de Próstata que podem levar a morte de forma lenta e dolorosa se não tratadas adequadamente. 
De acordo com a Secretária de Saúde de Chapecó, Cleidenara Weirich, iniciativas deste porte representam a oportunidade de a rede municipal de Saúde se aproximar ainda mais da população com seus serviços. “Queremos oferecer maior resolutividade aos chapecoenses”, destaca.
O presidente da Associação dos Diabéticos e Hipertensos de Chapecó-ADHI, Edir Santo Damo, alerta que dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, o número de diabéticos no mundo chega a 240 milhões podendo chegar 380 milhões em 2025. O diabetes e suas consequências são responsáveis pela morte de uma pessoa a cada 10 segundos, seis pessoas por minuto, 360 por hora, 8.640 por dia.
Programação 
•  No dia 21 de novembro, a Secretaria de Saúde promove um mutirão nas 26 unidades de saúde, voltado aos homens. Na oportunidade a Clínica do Homem localizada junto ao CRESM, permanecerá com o Ambulatório Saúde o do Homem atendendo aos encaminhamentos das unidades. 
Haverá show com o humorista João Kuiudo nos dias:
03 de novembro, Bairro Belvedere, 10 de novembro, Bairro Santa Maria, 17 de novembro, Bairro Efapi, 24 de novembro, Bairro Bela Vista.
Hipertensão e diabetes: Prevenção deve começar bem cedo
A hipertensão e a diabetes são doenças inter-relacionadas que, se não tratadas, aumentam o risco de AVC e complicações nos membros inferiores. Enganam-se aqueles que acham que ambas as doenças só aparecem após os 35 anos. Especialistas garantem que quanto mais jovem for à pessoa melhor a prevenção, pois estas doenças são assintomáticas e podem aparecer em qualquer fase da vida. Sintomas como dores de cabeça, tonturas e dores no peito são os verdadeiros sinais de alerta para a hipertensão – mais conhecida como pressão alta, que está diretamente ligada à diabetes – doença causada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar a insulina, provocando o aumento da taxa de açúcar no sangue – e é muito mais comum até no próprio diabético no qual vai aumentando junto com a idade.
Como principais sintomas, a diabetes dá os primeiros sinais comuns como a sede intensa, urina em excesso, perda de peso repentina, cansaço e muitos outros. Nos homens a doença é muito mais fácil de aparecer, diferente das mulheres que apresentam os sintomas já aos 55 anos. Pessoas que levam uma vida sedentária, o que acaba ligando-se diretamente a obesidade, que abusam do cigarro e álcool em excesso e que têm carência de potássio, também estão mais propícias para o surgimento da doença. 
Dicas de prevenção:
 Diabetes
- Pratique atividades físicas regularmente, de 3 a 5 vezes por semana.
- Inclua em sua dieta habitual a maior quantidade possível de alimentos ricos em fibras, tais como verduras e frutas.
- Diminua a ingestão de gorduras (óleo, manteiga, creme etc) e carboidratos (massas e doces).
- Prefira alimentos grelhados e cozidos.
- Evite comer “fast food”, dê preferência aos alimentos de preparação mais “caseira”.
- Diminua a quantidade total de alimentos de cada refeição. Faça mais refeições ingerindo menos calorias de cada vez.
- Consuma leite e derivados (iogurte, queijos) desnatados ou light e prefira carnes magras. Assim, você previne o aumento do colesterol, além de controlar o peso.
- As leguminosas devem fazer parte do cardápio, pois contêm proteínas, ferro e fibras.
Hipertensão
- Mantenha o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares, como: não abusar do sal e utilizar outros temperos para ressaltar o sabor dos alimentos.
- Pratique atividades físicas.
- Abandone o fumo.
- Modere o consumo de álcool.
- Evite alimentos gordurosos.
- Controle a diabetes.
Fonte (dicas): Sociedade Brasileira de Diabetes

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Saúde do homem: prevenção é fundamental para uma vida saudável

shutterstock 165452144Cada vez mais pesquisas comprovam que a saúde, mais do que genética, é consequência das escolhas e hábitos de vida. Hábitos saudáveis e acompanhamento de saúde preventivo são o caminho para o envelhecimento com qualidade de vida. Porém os homens costumam dar menos atenção à saúde e realizam menos consultas médicas. 
Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostra que 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos. O estudo também revela que mais da metade desses pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado.

Os homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres. Entre as causas de morte prematura estão à violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares e infartos. Por isso o Ministério da Saúde implementou, em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Um dos principais objetivos é promover ações de saúde que contribuam para a compreensão da realidade singular masculina e propiciar um melhor acolhimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
Angelita Herrmann, coordenadora de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, ressalta a importância de conscientizar o sexo masculino da importância de se cuidar. “É preciso chamar atenção dos homens para o auto cuidado. Homem não é super herói, eles precisam quebrar o mito de serem fortes o tempo todo. Essa cultura do não se olhar é que faz com que os homens morram antes das mulheres”, disse.
A adoção de hábitos saudáveis, a prática de atividade física regular, a alimentação balanceada e o uso moderado de bebidas alcoólicas são cruciais para diminuir estes agravos evitáveis. A identificação precoce de doenças aumenta as chances de um tratamento eficaz. Por isso, alguns exames devem fazer parte da rotina dos homens. “É preciso prestar atenção no corpo e ficar atento aos sinais que ele envia. O cuidado deve ser diário. Mudanças de hábitos alimentares, com menos alimentos gordurosos e ultra processados são fundamentais. Evitar estes comportamentos de risco é a chave para uma vida mais longa e saudável”, disse a coordenadora.
Aferir a pressão com frequência e acompanhar as taxas de colesterol são importantes para evitar doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Outros testes importantes a serem realizados dizem respeito às doenças sexualmente transmissíveis como o teste de HIV, hepatite B (HBsAg) e do vírus da hepatite C (anti-HCV).
Os homens com mais de 50 anos e com sintomas de problemas na próstata, como dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, devem ir ao médico para investigar o problema. É possível que outras doenças, como uma infecção urinária esteja causando os sintomas. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.
Para aqueles com história familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos e assintomáticos, a recomendação também é consultar um médico, pois somente ele pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização dos exames. Não existem evidências de que a realização periódica do toque retal e dosagem de PSA em homens assintomáticos diminua a mortalidade por câncer de próstata e a recomendação é de que não se organizem programas de rastreamento para este tipo de câncer. Todos os procedimentos devem ser solicitados pelo profissional de saúde, respeitando os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Outros cuidados, como autoexame de testículos e pênis, são importantes.
Vale lembrar que o câncer de próstata é considerado de terceira idade, já que ¾ dos casos acontecem a partir dos 65 anos e o risco pode ser maior em quem tem histórico familiar da doença. Ainda não existem exames adequados para o rastreamento do câncer de próstata e a melhor alternativa hoje é manter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar regularmente seu médico.
Alguns sintomas podem mostrar alterações do sistema reprodutor, principalmente na próstata. São eles:
• Dificuldade para urinar
• Necessidade de urinar mais vezes (principalmente à noite)
• Urgência para urinar
• Dificuldade para iniciar ou parar o fluxo urinário
• Jato urinário fraco, reduzido ou interrompido
• Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

Estudo liga bebidas adoçadas a maior risco de insuficiência cardíaca


Guaraná é item frequente na mesa dos manauaras (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)



Homens que bebem dois ou mais copos de refrigerante ou outras bebidas adoçadas por dia podem ter um maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca, sugere um estudo sueco, feito sem separar os dados de açúcar e adoçantes artificiais.
Pesquisas anteriores já haviam ligado o alto consumo de bebidas adoçadas com vários fatores de risco para insuficiência cardíaca, incluindo pressão alta, açúcar elevado no sangue, ganho de peso, diabetes e obesidade, disse a pesquisadora que liderou o estudo, Susanna Larsson, do Instituto Karolinska, em Estocolmo.
Para confirmar a relação entre insuficiência cardíaca e bebidas adoçadas, Larsson e colegas acompanharam um grupo de cerca de 42.000 homens por uma média de quase 12 anos. Para avaliar os hábitos de consumo, erguntaram aos homens quantos refrigerantes ou sucos adoçados beberam por dia ou por semana.
Durante o curso do estudo, houve cerca de 3600 novos casos de insuficiência cardíaca.
Homens que tiveram mais de duas bebidas adoçadas por dia tinham um 23% maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca durante o estudo do que os homens que não consomem essas bebidas.
O estudo não pode provar que bebidas adoçadas causam insuficiência cardíaca. Ainda assim, disse Larsen por e-mail à Reuters, "a mensagem é que as pessoas que bebem regularmente bebidas açucaradas devem considerar a redução de seu consumo."
 
 Mulheres

Mesmo que o estudo tenha sido feito em homens, as mulheres também devem ser cuidadosas com o consumo de bebidas açucaradas, Larsson acrescentou: "Consumo de bebida adoçada tem sido associada com aumento da  pressão sanguínea, maior concentração de insulina, ganho de peso, obesidade e diabetes do tipo 2 também em mulheres," observou Larsson.
Mais de 23 milhões de pessoas no mundo têm insuficiência cardíaca, doença que ocorre quando o coração não é forte o suficiente para bombear o sangue e o oxigênio necessários para o bom funcionamento do corpo. A prevalência da doença está aumentando pelo menos em parte ao consumo de refrigerantes e outras bebidas açucaradas, segundo Larsson.
No estudo, cerca de metade dos homens negaram beber refrigerantes ou sucos adoçados, enquanto pouco mais de um em cada seis disseram que consumiam menos de meio copo por dia. Apenas cerca de um em cada sete homens admitiu ter o hábito de tomar refrigerante duas vezes ao dia.
Homens que bebiam mais refrigerantes e bebidas açucaradas eram menos propensos a ter formação universitária, eram um pouco mais propensos a beber pelo menos três xícaras de café por dia, e geralmente consumiam menos porções de legumes.
Uma deficiência do estudo é a sua dependência das pessoas envolvidas para recordar com precisão e relatar seus hábitos de consumo, os autores reconhecem. Os pesquisadores também não dispunham de dados para distinguir entre o açúcar e adoçantes artificiais.
Também é possível que outros fatores não mensurados no estudo, como a atividade física ou hábitos alimentares, podem ter influenciado se os homens desenvolveram insuficiência cardíaca, escreveu Miguel Martinez-Gonzalez e Miguel Ruiz-Canela, da Universidade de Navarra, na Espanha, em um editorial que acompanha a pesquisa.
Mesmo assim, os resultados se somam a um crescente corpo de evidências que ligam refrigerantes e outras bebidas adoçadas a doenças cardíacas, escreveram os autores.
"Bebidas adoçadas levarm ao ganho de peso e obesidade, e isso leva a diabetes e insuficiência cardíaca", Martinez-Gonzalez disse à Reuters por e-mail. "A mensagem é: beba água em vez de bebidas açucaradas."

Fonte: G1